A jornada do core banking: do invisível ao estratégico

28 de Jul de 2025
A jornada do core banking: do invisível ao estratégico

O core banking sempre foi o motor silencioso por trás das operações financeiras. Por muito tempo, ficou relegado ao papel de registro, invisível aos olhos de quem toma decisões de negócio. Mas isso mudou.
Hoje, o core é alavanca de crescimento. É estratégia. E essa transformação foi tudo, menos repentina.

Neste artigo, revisitamos a trajetória do core banking, dos mainframes aos ledgers inteligentes e mostramos por que estamos vivendo uma nova era: a do core como cérebro vivo da operação.

De registros manuais à modularidade em cloud

A história do core banking começa com a digitalização dos registros manuais. Os primeiros sistemas, ainda baseados em mainframes, foram uma revolução: permitiam processamentos em lote, automatizando parte do trabalho operacional. Mas também impunham limitações severas: eram caros, inflexíveis e de difícil integração.

A segunda geração veio com as arquiteturas em camadas. Separar dados da lógica de negócios foi um avanço fundamental. Essa estrutura permitiu a introdução do processamento em tempo real e pavimentou o caminho para sistemas mais escaláveis e interoperáveis.

Com a internet, entramos na terceira geração: SaaS e APIs se tornaram padrão. O mercado financeiro ganhou fôlego para lançar novos produtos com mais agilidade. Mas o modelo ainda trazia armadilhas: cobrança por número de contas ou transações e estruturas monolíticas que engessavam mudanças. Era a inovação com freio de mão puxado.

A era da modularidade e do open source

A quarta geração é marcada por um novo entendimento: o core banking precisa ser um facilitador — e não um obstáculo — à inovação. Isso exigiu mudanças profundas: adoção de plataformas modulares, desenvolvimento de plugins especializados e, principalmente, a ascensão de soluções open source, que permitem total controle, auditabilidade e customização.

Nesse novo cenário, o core não é mais apenas um sistema operacional financeiro. Ele é o elo entre dados, produtos, time técnico e estratégia de negócio.

O futuro já começou: do ledger ao cérebro da operação

Na Lerian, acreditamos que o futuro do core banking passa por duas grandes transformações.

A primeira é o ledger made-to-scale. Não basta mais registrar transações com precisão. É preciso orquestrar dados, integrações e regras de negócio com flexibilidade máxima. Um ledger moderno é a base para qualquer inovação financeira e essa base precisa ser aberta, expansível e livre de vendor lock-in.

A segunda transformação é ainda mais profunda: o ledger como cérebro da operação. Com o avanço das IAs generativas (LLMs), surge um novo paradigma. Já não falamos apenas de motores financeiros, falamos de sistemas que interagem, compreendem e executam comandos complexos em linguagem natural.

Esse é o papel do MCP (Model Context Protocol), tecnologia da Lerian que conecta inteligências artificiais diretamente ao core banking. Ele atua como um tradutor contextual entre operadores humanos e os dados reais do sistema, permitindo que times financeiros ou técnicos façam perguntas diretas e recebam respostas precisas, auditáveis e seguras.

Imagine pedir ao seu assistente de IA: "Me mostre todas as transações acima de R$ 50 mil nas últimas 24h e gere um relatório em Excel" e receber isso em segundos com compliance, privacidade e contexto. Esse futuro já é presente na Lerian.

O core deixou de ser invisível

Hoje, o core banking não é mais um backend obscuro. É a coluna vertebral da estratégia financeira de qualquer instituição que queira escalar com confiança, autonomia e velocidade.

Na Lerian, nossa missão é simples: entregar liberdade no centro da infraestrutura.
Freedom at the core.

Vamos construir isso juntos?
#letsledgertogether